domingo, 30 de setembro de 2012

Deus mercúrio

Dono do caduceu, objeto mágico capaz de transformar em ouro aquilo que tocasse, o deus Mercúrio foi escolhido como um dos símbolos da Contabilidade, ciência que garante a gestão eficiente dos negócios. Cultuado como o deus propiciador da fortuna, Mercúrio representa o papel exercido pelos Contabilistas nas empresas.

Chamado de Hermes pelos gregos, Mercúrio é filho do deus Zeus e da ninfa Maia e irmão de Apolo. Por ter gênio para a permuta desde o nascimento, Mercúrio é também o deus do Comércio. Seu talento com as palavras rendeu-lhe o título de deus da Eloqüência e a função de mensageiro de Zeus.

Mercúrio era o deus mais ocupado, possuindo mais encargos do que os demais. Sua importância fica demonstrada pela freqüência com que ele aparece na mitologia. Inteligente e perspicaz, inventou a Lira, feita com casco de tartaruga. O instrumento musical foi dado a Apolo, que se encantou com o objeto e, como retribuição, presenteou o irmão mais novo com o caduceu.

Este objeto, que para os romanos indicava equilíbrio moral e boa conduta, também é um símbolo da Contabilidade. O caduceu é formado por um bastão, duas serpentes, um elmo e um par de asas que expressam, respectivamente, poder, sabedoria, diligência e pensamentos elevados.

Simbolo contábil (caduceu)


O caduceu é um bastão entrelaçado com duas serpentes,que na parte superior tem duas pequenas asas ou um elmo alado. Sua origem se explica racional e historicamente pela suposta intervenção de Mercúrio diante de duas serpentes que lutavam, as quais se enroscavam em seu bastão. 

Os romanos utilizavam o caduceu como símbolo do equilíbrio moral e da boa conduta: o bastão expressa o poder;as duas serpentes, a sabedoria; as asas,a diligência; o elmo é emblemático de pensamentos elevados.

O caduceu é, na atualidade, a insígnia do bispo católico ucraniano. Do ponto de vista dos elementos, ele representa sua integração, correspondendo o bastão à terra, as asas ao ar, as serpentes à água e ao fogo (movimento ondulante da onda e da chama).

A antiguidade do símbolo é muito grande e encontra-se na Índia, gravado nas lápides de pedra denominadas nagakals, uma espécie de ex-votos que aparecem à entrada dos templos. Erich Zimmer deriva o caduceu da Mesopotâmia, onde pode ser visto na taça sacrifical do rei Gudea de Lagash (2.600 a.C.). Apesar da longínqua data, o autor mencionado diz que o símbolo é provavelmente anterior, considerando os mesopotâmicos as duas serpentes entrelaçadas como símbolo do deus que cura as enfermidades, sentido que passou à Grécia e aos emblemas de nossos dias.

Do ponto de vista esotérico, o bastão do caduceu corresponde ao eixo do mundo e suas serpentes aludem à força Kundalini que, segundo os ensinos tântricos, permanece adormecida e enroscada sobre si mesma na base da coluna vertebral (símbolo da faculdade evolutiva da energia pura).

Segundo Schneider, os dois S formados pelas serpentes correspondem à doença e à convalescença. Em realidade, o que define a essência do caduceu é menos a natureza e o sentido de seus elementos que sua composição. A organização, por exata simetria bilateral, como a balança de Libra, ou na trindade da heráldica (escudo entre dois suportes), expressa sempre a mesma idéia de equilíbrio ativo, de forças adversárias que se contrapõem para dar lugar a uma forma estática e superior.

No caduceu, este caráter binário equilibrado é duplo: há serpentes e asas, que ratificam esse estado supremo de força e autodomínio (e, consequentemente, de saúde) no plano inferior (serpentes, instintos) e no superior (asas, espírito). A antiguidade  inclusive a grega, atribuiu poder mágico ao caduceu. Há lendas que se referem à transformação em ouro de tudo o que era tocado pelo caduceu de Mercúrio (observe-se a antecipação que a associação dos nomes determina, com respeito à alquimia) e a seu poder de atrair as almas dos mortos. Mesmo as trevas podiam ser convertidas em luz por virtude desse símbolo da força suprema cedida a seu mensageiro pelo pai dos deuses.

sábado, 22 de setembro de 2012

Parabéns contadores



O seu dia é especial, porque você é especial!


Pois você contribui de várias maneiras à vida econômica e social do país:

- pelo seu admirável empenho em várias frentes de trabalho;

- pela sua participação imprescindível na obtenção de recursos para os Conselhos Tutelares da Criança e ao Adolescente, mediante dedução do IR;

- pela sua força moral, ao apoiar movimentos contra o aumento de tributos, como a MP 232 e a extinção da CPMF;

- pela sua capacidade e inteligência, facilitando o caminho das organizações;

- pela sua busca contínua de informações vitais ao equilíbrio das empresas e instituições;

- pelo seu trabalho na composição de dados para fundamentar as grandes decisões dos dirigentes;

- pelo seu papel insubstituível na nova fase de transparência das administrações públicas, como pede a Lei de Responsabilidade Fiscal;

- pela sua integridade moral e disposição de lutar contra a fraude e a corrupção;

- pelo seu amor ao Brasil;

- pela sua capacidade de renovação e adaptação aos novos tempos, assimilando conceitos e técnicas, entendendo a importância da educação e atualização permanentes;

- pela sua coragem de mudar e vontade de continuar crescendo!

Parabéns pela sua participação na construção de um mundo melhor!

Eleições 2012


A valorização do profissional contábil

A valorização profissional através da prestação dos serviços

Se desejarmos valorizar a contabilidade de modo que seja efetivamente utilizada pelos tomadores de decisões, é essencial que algumas providências sejam tomadas. A seguir são apresentadas sugestões às perguntas propostas. 

Como podemos persuadir aqueles empresários e administradores que ainda não utilizam a contabilidade para a tomada de decisões? 


A seguir apresentamos algumas sugestões como resposta a este questionamento. 


a) Trabalhando para mudar a cultura até então vigente em algumas empresas e profissionais da contabilidade, quando atribuem à contabilidade expressões do tipo: 
Um mal necessário;
Dados e informações utilizadas somente pelo contabilista;
Feita somente para atender ao fisco;
Escrituração de livros fiscais e preparação de guias de ­tributos;
Quando feita formalmente, é concluída com muito ­atraso;
Feita obedecendo cegamente à legislação tributária;
Preocupada somente com fatos passados, sem projeções.



b) Fazer contabilidade ao invés de somente preparação de ­guias de tributos e livro caixa. 
Escrituração contábil completa;
Obediência aos Princípios Contábeis e às Normas Brasileiras de Contabilidade;
Cumprir o que determina a legislação comercial;
Emissão eletrônica ou impressa dos livros contábeis;
Fazer a contabilidade efetivamente para a empresa em benefício dos usuários das informações contábeis;
Cumprir o que determina a legislação ajustando, extracon­tabilmente, os resultados para atender a legislação tributária e outras exigências;
Emissão eletrônica dos livros fiscais.



c) Elaborando, dentro dos prazos, relatórios contábeis básicos e gerenciais 
Balancete de Verificação;
Balanço Patrimonial;
Demonstração do Resultado do Exercício;
Demonstração do Fluxo de Caixa;
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido;
Balanço Social;
Demonstração e Gráficos dos Resultados mês-a-mês;
Demonstração e Gráficos da Evolução do Faturamento mês-a-mês;
Demonstração e Gráficos da Evolução do Faturamento mês-a-mês por produto;
Demonstração e Gráfico da Evolução dos Custos e Despesas mês-a-mês;
Planejamento Tributário.



d) Elaborando, dentro dos prazos, relatórios contábeis com cálculos e análises gerenciais. 
Análise das Demonstrações Contábeis;
Cálculo e Interpretação de Índices / Quocientes
Quocientes Estáticos
Quocientes de Atividades
Quocientes de Rentabilidade
Análise Horizontal e Análise Vertical
Relatório conclusivo de avaliação de desempenho
Trabalhar as informações em moeda constante ou a valor presente;
Relatórios sobre as variações nas relações Custo / Volume / Lucro;
Cálculos de Preço de Venda e Projeção via Orçamento de Resultados;
Informações para decisões do tipo:
Fabricar versus Comprar;
Análise de Investimentos e Substituição de Equipamentos, com análise usando métodos tais como:
Método do Payback
Método da Taxa Interna de Retorno
Método do Valor Presente Líquido
Avaliação de desempenho por “centro de resultados”;
Base para o cálculo do valor da empresa.



e) Agindo o contabilista, com ética e respeito ao cliente e aos demais profissionais contábeis



f) Exercendo a profissão com zelo, diligência e honestidade; 



g) Cumprindo com rigor o que acertar com seus clientes; 



h) Observando a legislação vigente e resguardando os interesses de seus clientes; 



i) Cobrando honorários coerentes com o trabalho a ser ­realizado; 



j) Mantendo contrato por escrito indicando os serviços a serem ­prestados; 



l) Evitando e combatendo o aviltamento de honorários; 



m) Zelando pela qualidade dos serviços contábeis; 



n) Pontos a serem observados pela empresa de prestação serviços contábeis. 
Cobrar honorários contábeis justos com base em critérios técnicos
Engajamento total dos que dirigem o escritório
Gerenciamento dos processos e dos serviços executados
Obsessão pela excelência
Organização orientada para o cliente
Relação de parceria com o cliente
Envolvimento e reconhecimento da equipe de colaboradores - clientes internos
Aprendizagem e melhoria contínua da equipe
Manutenção de uma boa estrutura de instalações, equipamentos, softwares e publicações técnicas
Manutenção de visitas periódicas aos clientes
Pesquisas periódicas junto aos clientes sobre a qualidade dos serviços prestados



o) Desenvolvendo um bom marketing de serviços junto aos seus clientes e demais usuários da informação contábil. 

Marketing 

Pode ser entendido como um conjunto de estratégias e ações que provêem o desenvolvimento, o lançamento e a sustentação de um produto ou serviço no mercado consumidor, ou conjunto de estratégias e ações com o objetivo de aumentar a aceitação e fortalecer a imagem de pessoas, idéias, empresas, produtos, serviços, etc., pelo público em geral, ou por determinado segmento. 
Em síntese, o objetivo básico do marketing é identificar e atender plenamente as necessidades e desejos do cliente. 
O que deve ser feito 
Estudo sobre a estratégia de venda dos serviços
Ações transparentes
Domínio da tecnologia da informação
Pesquisa do mercado de serviços
Agilidade na percepção e resolução dos problemas
Pesquisa sobre a satisfação do cliente
O que não deve ser feito ( o antimarketing ) 
Enganar o cliente
Omitir informações relevantes sobre os serviços
Falar mal dos concorrentes
Arrogância




p) Cumprindo o que determina a legislação sobre a obrigatoriedade da escrituração contábil. 

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Descontração

A mulher e a contabilidade




A solteira é : Crédito
A casada é : Débito
A cunhada é:Provisão para devedores duvidosos
A bonita é:Lançamento
A feia é:Estorno
A feia e rica é:Conta de Compensação
A bonita e rica é:Lucro certo
A ex-namorada é:Resultado de exercícios anteriores
A namorada é:Resultado de exercício futuro
A noiva é:Reserva legal
A esposa é:Capital Integralizado
A vizinha é:Ações de outras companhias
A amante é:Empresa coligada
As que fazem operações plásticas:Obras e benfeitorias
As gestantes são:Obras em curso
As que dão bola são:Incentivos recebidos
As que não são viúvas, casadas ou solteiras são:Contas a classificar
As que muito namoram e não se casam são:Saldo a disposição da assembleia.
As que são surpreendidas em flagrante são:Passivo a descoberto.
A sogra pode ser classificada como:PREJUÍZO ACUMULADO OU CONTAS A PAGAR






A nova era da contabilidade



Em uma década de informações, de tecnologia e de conhecimentos, o contábil comemora o seu melhor momento. Forçada a incorporar novos padrões internacionais, a atividade dá um salto em   seu status e se torna uma das carreiras mais promissoras do País

Gilvânia Banker
Há um leque de oportunidades de dar inveja às outras profissões. O contador pode ser funcionário de uma empresa - atuando no departamento fiscal, pessoal ou de escrituração contábil -, auditor externo, interno e   independente, consultor, proprietário ou sócio de escritório contábil, perito, funcionário público, analista, professor, assessor ou pesquisador. Foi por causa desse rol extenso de opções que Juliana Macedo dos Santos, de 26 anos, escolheu a profissão. “Fiz uma pesquisa de mercado e escolhi cursar Ciências Contábeis”, confessa a jovem, formada há um ano. 

Animada com o futuro, Juliana quer crescer e busca reconhecimento profissional. Apaixonada e convicta da profissão que escolheu, ela esbanja entusiasmo ao comentar que a “contabilidade está presente em todos os tipos de negócio e, sem ela, uma empresa não é empresa”.

Como acontece com grande parte dos colegas da área, ao sair da faculdade, Juliana já estava empregada. Em seu primeiro emprego como contadora no escritório Tessmann Assessoria Empresarial, se diz satisfeita com a escolha. “Tive a oportunidade de entrar na área graças à confiança e credibilidade que a empresa depositou em mim”, confessa. No entanto, ela percebe que, no exercício da profissão, dentro de um escritório, a realidade é outra. “Falta a parte prática no curso”, desabafa. Mas, graças à experiência adquirida no dia a dia, ela conseguiu perceber os desafios do setor.

A nova contabilidade, como é reconhecida em razão das mudanças trazidas pelas regras internacionais e pelas inovações do universo virtual, tornou-se mais atraente aos jovens que já possuem maior habilidade com a linguagem tecnológica. Juliana brilhou os seus olhos a esse mundo e é consciente das exigências do mercado. “O novo profissional deve estar atualizado e não deve parar no tempo, pois estamos na era da informática e, daqui para frente, só teremos Sped, o Sistema Público de Escrituração Digital, arquivos digitais, importação de dados, balanços assinados pela internet etc.”, reforça.
 

Mas não é apenas o mercado promissor que chama a atenção dos futuros contadores. De acordo com a coordenadora do curso de Ciências Contábeis do Centro Universitário Metodista do IPA, Neusa Monser, grande parte dos estudantes escolhe essa profissão por influência de algum familiar. É o caso de Laura Tessmann Dassoler, de 20 anos, que resolveu seguir os passos do pai, técnico em contabilidade. Cursando o quinto semestre pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Pucrs), a jovem já sonha alto.
 

A universitária pretende se tornar empreendedora contábil. Unindo a teoria com a prática, Laura estagia no mesmo escritório de Juliana e diz que a experiência a ajuda em seus estudos. Juliana e Laura são exemplos de milhares de jovens privilegiados que entraram na faculdade já com as novas regras contábeis instaladas. Portanto, essa nova contabilidade, que é igual em mais de 120 países, não as assusta. Ambas têm consciência de que é preciso estudo e especialização.
 


Uma história de dedicação de quem foi escolhido pela profissão
Foi por força do destino que o professor e coordenador do departamento de Ciências Contábeis da Pucrs, Saulo Armos, entrou na carreira. “Eu não escolhi ser contador, mas eu abracei a profissão”, brinca, ao confessar que sua opção teria sido a Geologia. Levado pelas pedras do caminho, ele foi forçado a mudar o seu futuro. Armos também poderia ter sido jogador de futebol. Aos 14 anos, já era atleta do Grêmio, mas foi nesta época, que um acontecimento familiar mudou sua vida completamente, fazendo com que ele abandonasse os sonhos. A morte do pai fez com que despertasse para uma nova realidade. Ele buscou um emprego a fim de sustentar a família.

Fez o curso técnico em contabilidade e trabalhou na área a convite de seu próprio professor. Mais tarde, impulsionado pelos conselhos do chefe e amigo, foi trabalhar como auditor em outras instituições e, a partir daí, não parou mais de estudar.

O professor também abriu empresa própria, mas sua grande paixão se tornou o ensino. Há mais de 20 anos ele transmite seus conhecimentos em sala de aula e, para sua surpresa, aquele que um dia foi seu mestre tornou-se seu colega de profissão na faculdade em que leciona. Armos acabou sendo o chefe do ex-professor e patrão. Realista e feliz com as escolhas da vida, ele se considera um homem realizado e bem-sucedido
.


Entidades investem na especialização
As normais internacionais da contabilidade, conhecidas como IFRS (sigla em inglês para International Financial Reporting Standards), em 2007, viraram uma página na história da contabilidade brasileira, trazendo uma realidade diferente que possibilitou a abertura do mercado mundial para o profissional da área contábil. No entanto, as exigências se tornam cada vez maiores. Se, no passado, bastava um curso técnico para saber classificar as contas no débito ou crédito, ativo ou passivo, hoje só esse conhecimento não basta. 

O novo contador precisa, entre muitos outros atributos, ter o domínio de, pelo menos, duas línguas estrangeiras, sendo recomendável o inglês e o espanhol. “Podemos trabalhar em qualquer país europeu que esteja adaptado a IFRS”, comemora o conselheiro da Câmara Técnica do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), Jádson Gonçalves Ricarte,

Para o presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul (CRCRS), Zulmir Breda, o profissional precisa pensar em ampliar seus horizontes e buscar conhecimentos em outras áreas para que ele possa assessorar melhor o seu cliente. Além disso, necessita ter domínio do português. “Se um relatório for mal escrito, tirará sua credibilidade”, garante. Breda também destaca a comunicação e o marketing como forma de melhorar o relacionamento entre empresa, contador e mercado.

Pensando nisso, o CRCRS está introduzindo, em seus seminários, palestras sobre marketing nos serviços contábeis. “Ele deveria terminar a faculdade e imediatamente fazer uma especialização em marketing”, aconselha, caso queira ser um empreendedor. Breda sugere que o profissional busque apoio em outras disciplinas para suprir as deficiências que a faculdade não consegue abranger. A instituição também defende a educação continuada, como o mestrado e o doutorado.

Além disso, a entidade possui o CRC Jovem, que busca aproximar os estudantes da instituição, através da promoção de debates, encontros, seminários, cursos e congressos. O coordenador do programa, Rodrigo Kich, percebe a participação cada vez maior dos jovens nos cursos e eventos promovidos pela Comissão de Estudos. “Queremos formar futuros líderes”, aposta. “Estamos aumentando o número de vagas para atender à demanda”, comenta satisfeito com a receptividade do seu público.


Ensino acompanha as mudanças


Neusa diz que profissionais alcançaram um patamar de valorização. MARCO QUINTANA/ARQUIVO/JC
As faculdades precisam realizar adaptações constantes em seus programas curriculares devido às inúmeras modificações legais. Preocupada com a formação dos estudantes, a professora e coordenadora do curso de Ciências Contábeis do Centro Universitário Metodista do IPA, Neusa Monser, conta que o núcleo docente do IPA analisa os projetos pedagógicos anualmente para fazer a reciclagem, além disso, a bibliografia também é modernizada. 


A coordenadora está feliz com o momento que vive a sua profissão. “A contabilidade está em um patamar de valorização que, para nós, é motivo de orgulho”, ressalta. Empolgada, conta que muitas companhias recorrem à coordenação do curso, pedindo indicação de estudantes para estágios e até mesmo de ex-alunos para serem contratados pelas empresas.

JC Contabilidade celebra 10 anos de circulação



O Dia do Contador, comemorado no dia 22 de setembro, ganhou um presente especial em 2002. Na semana das comemorações, surgia o JC Contabilidade, caderno
especial do Jornal do Comércio. A publicação, lançada no dia 18 de setembro, conquistou leitores e passou a fazer parte da história da categoria. Ao completar uma década, segue com a mesma missão: colocar em pauta temas que são de interesse não só da classe contábil, mas de todos os empresários gaúchos.

De acordo com levantamento realizado pela Pesquisa Como & Porque, 53% dos leitores do caderno são do sexo feminino, 34% dizem ter interesse nos assuntos da contabilidade e uma média de 30% pelos temas como gestão, finanças e administração.
O JC Contabilidade também atinge as classes A, B e C. A frequência de leitura é de 84% do público, o que mostra a fidelidade dos leitores. Outra estatística que ganha destaque é a média de leitura, considerada uma das mais altas: são 9,9 leitores por exemplar contra a média de três leitores por exemplar. O jornal conta com 30 mil assinantes e o acesso ao site chega a 125 mil visitantes únicos por mês.

Desde que surgiu, o JC Contabilidade cumpre a missão de integrar os profissionais contábeis à sociedade. Naquela época, conta o ex-presidente da Confederação Nacional dos Contadores (CNC), Salézio Dagostim, o grupo defendia a ideia de que as profissões de contador e técnico deveriam possuir um instrumento de comunicação para se aproximar da comunidade, e que a sua importância fosse reconhecida. “Aos poucos, ele começou a tomar forma”, relembra.

O então presidente do CRCRS na época, Enory Spinelli, conta que o Jornal do Comércio adaptou a proposta das entidades criando um modelo que se tornou sucesso. Spinely se diz surpreso por já terem se passado 10 anos, pois a lembrança desse fato histórico ainda está presente em sua memória. “O JC está de parabéns, pois sabemos das dificuldades em realizar uma publicação semanal com temas tão específicos”, comenta.
 


Primeiro Fala Profissional teve como tema o Imposto de Renda


Uma das colunas mais valorizadas do JC Contabilidade acabou, ao longo do tempo, ganhando mais espaço, graças à demanda e ao sucesso adquirido. O Fala Profissional migrou da terceira página para a contracapa e ganhou cara nova. É mais um espaço para a opinião dos profissionais ligados à área tributária, trabalhista, empresarial e contábil. Em 2002, o empresário do escritório Agagê Ltda., Odalgiro César Fagundes Teixeira, inaugurou a coluna respondendo ao questionamento “Estava no exterior e não declarei o Imposto de Renda. Como devo proceder?” O autor se diz honrado de ter participado do lançamento do caderno. “Foi uma oportunidade, tudo que é novidade é interessante, nós também precisamos nos divulgar”, comenta. Teixeira é leitor fiel do Jornal do Comércio e espera ansioso às quartas-feiras para ver as novidades do mercado em que atua.





História do Pensamento Contábil
Estrutura Conceitual para a
Elaboração e Apresentação das
Demonstrações Contábeis.


  • A maior modificação é a introdução da “Primazia da Essência Sobre a
    Forma como característica fundamental da informação contábil.

“... Quando o documento formaliza uma situação que não representa a efetiva realidade econômica da operação, o contador e os administradores da empresa são responsáveis por efetuar a contabilização conforme a essência econômica da transação, e não sua mera forma.”

As demonstrações contábeis são parte integrante das informações
financeiras divulgadas por uma entidade;

O conjunto completo de demonstrações contábeis incluí:
- Balanço Patrimonial - Demonstração do Resultado - Demonstração dos Fluxos de Caixa  - DOAR -Demonstração das Mutações do PL - Notas explicativas; e outras demonstrações e material explicativo (parte integrante das demonstrações contábeis).

OBS: Não incluem relatórios da administração, relatórios do presidente da entidade, comentários e análise gerenciais.

Usuários e suas necessidades de Informação

     a) Investidores                                   b) Empregados
     c) Credores por empréstimos       d) fornecedores
     e) Clientes                                           f) Governo e suas agências
     g) Público

     Objetivo das Demonstrações Contábeis
Fornecer informações sobre a posição patrimonial e financeira, o desempenho e as mudanças na posição financeira da  entidade, que sejam úteis a um grande número de usuários em suas avaliações e tomadas de decisão econômica. Apresentar os resultados da atuação da Administração na gestão da entidade e sua capacitação na prestação de contas quanto aos recursos que lhe foram confiados.

               Posição Patrimonial e Financeira, Desempenho e Mutações na Posição Financeira
  • Avaliação da capacidade que a entidade tem de gerar caixa e equivalentes de caixa, e da época e grau de certeza dessa geração. Informações sobre estrutura financeira - futuras necessidades de financiamento, distribuição de lucro futuros e os fluxos de caixa. As informações sobre liquidez e solvência - capacidade que entidade possui de cumprir com seus compromissos financeiros nos respectivos vencimentos ( liquidez – curto prazo e Solvência – longo prazo).

  • Informações referentes ao desempenho a entidade - rentabilidade, variações nos resultados, capacidade de gerar fluxos de caixa e avaliação da eficácia de utilização de recursos adicionais. Informações referentes às mutações na posição financeira da entidade – avaliar atividades de investimentos, de financiamento.

Pressupostos básicos

Regime de Competência
  • As demonstrações contábeis são preparadas conforme o regime contábil de competência;
  • Os efeitos das transações e outros eventos são reconhecidos quando ocorrem; 
  • São lançados nos registros contábeis e reportados nas demonstrações contábeis dos períodos a que se referem. 
  • As demonstrações contábeis apresentam transações passadas envolvendo o pagamento e recebimento de caixa ou outros recursos financeiros, e também obrigações e recebimentos futuros.
  • Pressupõe a confrontação entre receitas e despesas.
  • As demonstrações contábeis são normalmente preparadas no pressuposto de que a entidade continuará em operação no futuro previsível.
  • Presume-se que a entidade não tem intenção nem necessidade de entrar em liquidação, nem reduzir materialmente a escala de suas operações.
Características Qualitativas das Demonstrações Contábeis

Atributos que tornam as Demonstrações Contábeis úteis aos usuários. As quatro características qualitativas são:

     Compreensibilidade                                Relevância
     
    Confiabilidade                                       Comparabilidade

Compreensibilidade
  • Demonstrações contábeis deverão ser prontamente entendidas 
    pelos usuários;
  • Presume-se que os usuários tenham conhecimento razoável 
    dos negócios; atividades econômicas e contabilidade.
Relevância
  • Informações devem ser relevantes às necessidades dos usuários na tomada de decisões;
  • São relevantes quando podem influenciar nas decisões econômicas dos usuários; ajudando-os a avaliar o impacto de eventos passados, presentes ou futuros.
  • As funções de previsão e confirmação das informações são inter-relacionadas.
Materialidade
  • A relevância das informações é afetada pela sua natureza e materialidade.
  • Uma informação é material se a sua omissão ou distorção puder influenciar as decisões econômicas dos usuários (com base nas demonstrações contábeis);
  • Tanto a natureza quanto a materialidade são importantes; por exemplo: os valores de estoques existentes em cada uma das suas principais classes,conforme a classificação apropriada ao negócio.
Confiabilidade
  • A informação deve ser confiável – estar livre de erros ou vieses relevantes e representar adequadamente aquilo que se propõe.
  • Uma informação pode ser relevante, mas a tal ponto não ser confiável em sua natureza ou divulgação – o seu reconhecimento pode potencialmente distorcer as demonstrações contábeis.
Essência sobre a Forma
  • As transações e eventos devem ser contabilizados de acordo com a sua substância e realidade econômica, e não meramente sua forma legal.
Comparabilidade
  • Os usuários devem poder comparar as demonstrações contábeis de uma entidade ao longo do tempo, a fim de identificar tendências na sua posição patrimonial e financeira e no seu desempenho.
  • Devem também ser capazes de comparar as demonstrações contábeis de diferentes entidades a fim de avaliar, em termos relativos, a sua posição patrimonial e financeira, o desempenho e as mutações na posição financeira.
  • As transações semelhantes e outros eventos devem ser feitas de modo consistente pela entidade, ao longo dos diversos períodos.
  • Os usuários devem ser informados das práticas contábeis seguidas na elaboração das demonstrações contábeis, e também de quaisquer mudanças nessas práticas, e o efeito destas mudanças.
  • A divulgação das práticas contábeis utilizadas pela entidade, ajudam atingir a comparabilidade.
  • A comparabilidade não deve ser confundida com a uniformidade, e não se deve permitir que se torne um impedimento à introdução de normas contábeis aperfeiçoadas.
Tempestividade
  • O atraso na divulgação de uma informação influencia a sua relevância.
  • Os gestores devem ponderar os méritos relativos entre a tempestividade da divulgação e a confiabilidade da informação fornecida.
  • Para atingir o adequado equilíbrio entre a relevância e a confiabilidade, o princípio básico consiste em identificar qual a melhor forma para satisfazer as necessidades do processo de decisão econômica dos usuários.
Equilíbrio entre Custo e Benefício
  • É uma limitação de ordem prática - não uma característica qualitativa.
  • Os benefícios decorrentes da informação devem exceder o custo de produzi-la.
  • A avaliação dos custos e benefícios – é um exercício de julgamento.
                                        Visão Verdadeira e Apropriada

“A aplicação das principais características qualitativas e de normas e práticas de contabilidade apropriada - resultam em demonstrações contábeis que refletem aquilo que geralmente se entende como apresentação verdadeira e apropriada das referidas informações”


Exercicios Legislação Trabalhista





CONTABILIDADE APLICADA À ÁREA TRABALHISTA




TRABALHO DE CONTABILIDADE APLICADA NA ÁREA TRABALHISTA

1)                 O QUE SIGNIFICA CTPS E QUAL A SUA FINALIDADE?
Carteira de Trabalho e Previdência Social tem como finalidade a anotação da existência do vínculo empregatício e das informações necessárias para o Ministério do Trabalho e Emprego e da Previdência Social, tais como: férias; contribuição sindical; FGTS; Acidente de Trabalho; entre outras anotações. Também deve constar os dependentes econômicos que a pessoa possui.

2)                 POR QUANTO TEMPO UM EMPREGADO CONTRATADO MEDIANTE CONTRATO TÁCITO PODE FICAR SEM ANOTAÇÃO NA CTPS?
Todo empregado deve ter sua CTPS anotada a partir da data do início efetivo de sua atividade laborativa, independente da forma em que foi celebrado o seu contrato (expresso ou tácito). Podendo ainda, em não possuindo CTPS, usufruir do prazo legal para providenciar sua emissão, contudo, mantendo o vínculo desde o início de sua atividade.

3)                 EXISTE POSSIBILIDADE DE PRESTAR SERVIÇO PARA O EMPREGADOR NA RESIDENCIA DO EMPREGADO? POR QUÊ?
Sim. Porque o art. 6º da CLT determina que não haja discriminação entre o trabalho desenvolvido na empresa ou na residência do empregado.

4)                 EMPREGADO QUE NÃO POSSUI CTPS PODE TRABALHAR? POR QUÊ?
O empregado que ainda não “tirou” sua CTPS pode iniciar o seu trabalho, com vínculo empregatício e terá 24h para providenciar a emissão de sua CTPS, caso esteja em localidade que possua órgão emissor da CTPS. Caso esteja em localidade que não possua órgão emissor da CTPS o empregado terá até 30 dias para providenciar o documento. Contudo, a empresa tão logo receba o citado documento deverá anotar o vinculo com as datas reais (retroativa ao início do labor).  Sendo o empregado demitido antes de possuir a CTPS a empresa entregará ao empregado um atestado com o resumo de todo o contrato de trabalho, devendo anotar na CTPS o período atestado assim que o empregado apresente a CTPS (dentro dos prazos já estabelecidos). A empresa em todas as circunstâncias terá o prazo de 48h (quarenta e oito horas) para realizar o registro na CTPS e restituí-la ao empregado.

5)                 O QUE É TERCEIRIZAÇÃO?
É quando o trabalho é executado por empregados de outra empresa. Assim, o empregado tem todos os requisitos do vinculo empregatício com seu empregador, porém presta seu serviço no tomador (empresa que contrata seu empregador para usufruir do empregado da outra empresa). A lei permite que sejam terceirizadas apenas atividades meio, sendo proibida atividade fim. O trabalhador é subordinado apenas ao seu empregador, não podendo receber ordens diretas do tomador e de seus prepostos.

6)                 ESTAGIÁRIO TEM DIREITO A FÉRIAS? EXPLIQUE.
A nova legislação do estagiário determina que após um ano de estágio o estagiário terá direito a um recesso de 30 dias, preferencialmente no período coincidente com as férias escolares. Em sendo o estágio remunerado o recesso também o será. Contudo, não incide o terço constitucional das férias no recesso.

7)                 DIFERENCIE SUSPENSÃO DE INTERRUPÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO.
Em ambos os casos o contrato de trabalho continua vigorando, apesar do empregado estar afastado de seu trabalho. Contudo, na suspensão a empresa empregadora não terá custo na manutenção do empregado (suspensão disciplinar). Já na interrupção a empresa empregadora deverá custear o empregado enquanto persistir essa situação (ex.: férias).



quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Pericia Contábil no Brasil



Perícia Contábil Judicial: Uma Análise Crítica.Paulo Cezar Ferreira de Souza






A Perícia Contábil no Brasil, apesar de já contar com regras claras, emanadas pelo CFC e de uma legislação adequada, desde 1973, ainda está longe de ser executada como recomendam as regras e legislação vigente. Isto ocorre por diversas razões que impedem a correta execução dos trabalhos periciais. Dentre essas razões, pode-se citar a forma como os peritos são nomeados, o baixo nível da maioria dos trabalhos realizados, a ausência de conclusão até em laudos bem elaborados e a forma como os honorários do perito são determinados ou até a ausência desses honorários; além disso existe a confusão, muito comum, entre as técnicas contábeis de auditoria e perícia, que possuem um conjunto de procedimentos muito semelhante, mas que diferem na finalidade e no método e a pouca divulgação que existe em nosso país em relação aos trabalhos de perícia. Neste trabalho pretende-se denunciar essa situação visando trazer o assunto à discussão para que as soluções possam ser discutidas sendo adotadas as medidas mais adequadas. Para tanto, foi realizada uma pesquisa em diversas varas cíveis, trabalhistas e Federal, na Cidade do Recife, cujos resultados confirmaram as expectativas dos pesquisadores.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Mudanças no codigo florestal


Câmara discutirá novo Código Florestal nesta semana





“Nosso interesse é aprovar a medida provisória antes que ela perca sua validade no dia 8 de outubro. Todos nós queremos acabar com essa insegurança jurídica no campo. Estamos trabalhando para chegar a um novo acordo”, disse Homero Pereira. Segundo ele, o que se busca é o respeito ao ato jurídico perfeito ante produtores regulares e legais, que mantiveram os limites da área de preservação permanente (APP) em suas propriedades, segundo a lei vigente à época.Caso a Câmara aprove a Medida Provisória 571 nesta semana, o Senado Federal deverá realizar na próxima semana um esforço concentrado para a votação da MP naquela Casa. Se aprovada, a proposta seguirá para sanção